terça-feira, 23 de abril de 2013

ONTEM, FOI REALIZADA UMA OFICINA PARA DISCUTIR A MARCHA A BRASÍLIA.

Ontem, 22/04/2013, o Centro Acadêmico de Serviço Social (CASS) da UNESP Franca realizou a oficina "Direitos da classe trabalhadora em debate: a Construção da Marcha à Brasília". A oficina tinha como objetivo, a partir da avaliação da conjuntura internacional e nacional, discutir os motivos e as reivindicações da Marcha a Brasília que ocorrerá no dia 24/04 (Quarta). A Marcha é uma iniciativa da CSP-Conlutas e está sendo convocada por vários sindicatos, movimentos sociais e populares. O Conselho Federal do Serviço Social também está apoiando e convocando a Marcha.
 A principal reivindicação da Marcha será a luta contra o Acordo Coletivo Especial (ACE), um projeto de lei da direção da CUT e do governo federal que abre as portas para retirar direitos históricos da classe trabalhadora brasileira.
Na oficina, discutimos que, com a crise econômica internacional que atinge principalmente os EUA e as economias da Zona do Euro, a patronal e o governo brasileiro lançam medidas para se preparar quando a crise atingir nosso país de maneira mais forte. Essas medidas são, na realidade, ataques aos direitos históricos da classe trabalhadora, com o objetivo  de "reduzir" o  "custo" da mão de obra. O raciocínio da patronal é simples: para preservar seus altos lucros devem acabar com os já poucos direitos trabalhistas. O objetivo final é eliminar os principais direitos sociais e realizar um verdadeiro desmonte de todo o sistema protetivo. 

A Marcha em Brasília, que contará com a presença de movimentos que lutam pela terra (MST, MTL), também terá como reivindicação a luta pela reforma agrária e contra o latifúndio. Também em estarão em Brasília o Quilombo Raça e Classe e o movimento Luta Popular para denunciar as remoções de comunidades e favelas, a violência ao povo pobre e negro e reivindicar moradia de qualidade para todos. Infelizmente, alguns setores críticos a Marcha, como os companheiros da LER-QI, não compareceram a oficina para expor sua opinião. Os companheiros chegaram a fazer algumas críticas nas redes sociais sobre a maneira como a marcha estava sendo construída, mas curiosamente quando há a discussão não participam. De todo modo, a Oficina foi uma ótima iniciativa que ajudou a entender os objetivos e a pauta de reivindicação da Marcha. Mais de 20 pessoas viajarão de Franca à Brasília para ajudar a construir uma grande Marcha que mostrará ao governo e a patronal a força do movimento operário, popular e estudantil.

Blog Adeus ao Capital

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