sábado, 13 de julho de 2013

TODO APOIO A OCUPAÇÃO DO MOVIMENTO LUTA POPULAR EM OSASCO!

"Hoje, dia 12 de julho, nós, famílias de trabalhadores que tudo construímos com a força de nossos braços, resolvemos construir também os caminhos de nosso destino.

Uma vez mais erguemos - de lona preta e coragem - bem alto o nosso sonho de viver com dignidade.
Em uma área vazia, abandonada há décadas, pertencente à prefeitura municipal de Osasco, iniciamos a construção de nossas moradias.
Ocupamos sim, porque toda propriedade é um roubo!
Ocupamos sim, porque não suportamos mais a humilhação de tirar da boca de nossos filhos para pagar aluguel!
Ocupamos sim, porque se os poderosos não se recordam, os faremos lembrar que o poder é do povo!
Ocupamos sim, porque faremos renascer as esperanças em meio ao barro, à lama, ao sereno fertilizada por nossa união e nossa força!
Nestes dias de protesto, as quebradas, bairros e favelas segue fermentando o sabor das vitórias arrancadas pela força da luta e é por isso que seguimos em luta, aqui e onde mais houverem trabalhadores a buscar um amanhecer novo de justiça!
Luta Popular em Osasco! Compartilhe! Nos Visite! Nos apóie! Faça com que mais pessoas ouçam nosso grito por um mundo diferente! Sábado, se inda resistirmos à violência que se avizinha, faremos um sarau, as 18 horas. Venha, venha antes, resista com a gente, lute com a gente, cante conosco, traga sua força, sua poesia e seu sonho! Juntos, não estaremos sós, estaremos fortes!

Luta Popular

Rua Francisco Morato, altura do numero 350, Parque Bandeirantes - Osasco"


quarta-feira, 10 de julho de 2013

EM OSASCO TRABALHADORES FARÃO PROTESTO EM DEFESA DA SAÚDE PÚBLICA

A nova gestão do Sindicato dos Servidores da Saúde Pública do Município de Osasco - SINSSO - está convocando os profissionais da Saúde e toda a população trabalhadora de Osasco para se manifestarem contra a situação precária da saúde pública de nossa cidade.
O SINSSO está realizando panfletagens de seu novo Boletim em hospitais, postos de saúde, maternidades e nas estações de Trem. Segundo os diretores do Sindicato, no Hospital Central, mesmo nas gestões do PT, há vazamentos e faltam até macas e outros materiais básicos para o atendimento. Além disso, os profissionais da saúde de Osasco estão cada vez mais precarizados e com péssimos salários. A nova diretoria do sindicato, eleita com o objetivo de tornar a entidade mais democrática e lutar com toda força pelos direitos da categoria, denuncia em seu Boletim: "João Paulo, que é do PT de Osasco, chefe da quadrilha do mensalão,  foi condenado, mas o PT segue na prefeitura... e a Saúde  parece não estar entre suas prioridades".

   
Os trabalhadores da saúde, juntamente com metalúrgicos, bancários, trabalhadores do comércio e operários do setor Químico irão se encontrar às 7h da manhã no largo de Osasco para realizar uma grande manifestação. O Ato será parte do dia nacional de Luta convocado pela CSP-Conlutas, MST e demais centrais sindicais. Além de mais investimentos na Saúde, os trabalhadores irão reivindicar a redução da jornada de trabalho, mais investimentos na educação e transporte público, contra a privatização do petróleo, contra a terceirização e a precarização do trabalho e por reforma agrária.
O SINSSO reforça o chamado para que todos os trabalhadores de Osasco, em especial os funcionários da saúde, participem ativamente da mobilização em defesa de uma saúde realmente pública e de qualidade.
    

segunda-feira, 1 de julho de 2013

DEFINITIVAMENTE, HÁ ALGO DE NOVO EM NOSSO PAÍS...



O cenário é o vagão do trem que parte da estação Itapevi. Centenas de milhares de trabalhadores passam todos os dias por ali. Saem bem cedo dos bairros periféricos e cidades dormitórios para seus respectivos trabalhos em Barueri, Osasco e São Paulo. O Trem balança um pouco e o povo se espreme e se empurra. As pessoas são transportadas como gado. Não há o ferro quente do estábulo, mas é perceptível que o trabalho pesado diário e ininterrupto marca suas peles.
O relógio marcava oito e meia. Uma senhora, com "o rosto abatido pela vida dura", aparentando uns 70 anos, pergunta a outro senhor, "com o rosto humilde e a pele escura", se aproximávamos da estação de Carapicuíba. Ela explicava, em meio a uma respiração ofegante, que estava atrasada. Precisava chegar 9:30 no "sanatório" desta cidade para buscar alguns remédios. Mas o trem ia lento e cada vez mais se  transbordava de pessoas. Não havia mais lugares disponíveis. Suas pernas, então, tinham que aguentar mais alguns minutos em pé. Lá fora os patrões, executivos e altos gerentes também vão para as empresas... em seus carros luxuosos, espaçosos e com aquecedores para amenizar a neblina fria que cobre a região da grande São Paulo. Sim, o mundo é bem diferente "da ponte pra cá".
No trem alguns aproveitam os minutos que restam antes da chegada para cochilar, outros falam do jogo da seleção brasileira. Tudo parecia como mais uma segunda-feira comum em um vagão comum. Então, como se não conseguisse mais aguentar sua angústia, aquela senhora vira-se para o seu novo colega de trem e diz, com um voz serena, mas ao mesmo tempo ameaçadora: "Sou a favor dos protestos. O governo nos trata como cachorro. Os hospitais estão caindo aos pedaços!" O senhor concordou com um aceno com a cabeça. Com certeza aquela senhora, cujos longos anos da vida provavelmente foram dedicados ao trabalho e ao sustento da família, não era favorável aos atos de depredação e violência gratuita. Todavia, como que tentando formular uma política, ainda que na linguagem simples do povo, contra os setores da direita que tentam dividir o movimento entre "manifestantes patriotas e pacíficos" contra os "Vândalos" ela completa: "E não adianta só ficar andando na rua não. Falam que os manifestantes são vândalos, mas se não ir pra cima e lutar forte igual eles fazem o governo não faz nada não. Nem ouve agente." O senhor, olhando aquela verdadeira "tribuno do povo", mais uma vez concordava.
Essa senhora, anônima, cujo nome jamais saberemos e que, provavelmente, não voltaremos a ver, era um exemplo vivo, de carne e osso, que os altos índices de popularidade que o governo detinha até então, alimentados por alguns tímidos programas sociais, não significava uma carta em branco do povo para a precarização da saúde, da educação, para a falta de moradia, a não realização da reforma agrária e tantos outros prejuízos e ataques que os governos de turno, petistas e tucanos, tem levado a frente em nosso país. Esta senhora parecia já estar farta dos ataques tucanos, mas também sabia que a estrela de outrora já não brilhava. A solução parecia claro, sobretudo após a conquista da redução da tarifa: Ir às ruas! Nos mantermos nas ruas!
Trabalhadores, pobres, jovens indignados, pessoas simples como essa senhora anônima, estão convidados a se somarem, no dia 11 de Julho, ao Dia Nacional de Luta convocado pela CSP-Conlutas, MST e outras centrais sindicais e movimentos populares. É um dia de atos nas ruas, mas também de greves e paralisações, pois "não basta apenas ficar andando". É preciso unidade e um programa operário e popular que combata os patrões e esse governo que, nas sábias palavras daquela senhora, "nos trata como cachorros". 
A "esquerda" reformista (as aspas nesse caso são fundamentais), que hoje governa o país com a burguesia, com seus militantes já acostumados aos gabinetes confortáveis e luxuosos das Câmaras de vereadores, das Assembleias legislativas, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto patina, engana, se contorce e vocifera uma bravata de "Golpe contra o governo". Soluções concretas para os problemas do povo trabalhador, nenhuma. Esses senhores ainda não perceberam que, definitivamente, há algo de novo em nosso país...